Deus, ou o destino, ilumine Obama e o dissuada de claudicar à tentação de querer ser branco.
No ano em que se consagra a vitória de Obama, o primeiro residente preto na Casa Branca, morre, no cúmulo da desgraça humana, velada pela ilusão do sucesso e do mito, o homem cuja vida foi marcada pela perversa manipulação do desejo de ser branco.
Ao revermos os registos dos primeiros sucessos de Michael Jackson, correm-nos pelo rosto as lágrimas, face à espontaneidade, à alegria, que a sua imagem de criança e adolescente exalava.
Os mecanismos sócio-psicológicos que impulsionaram aquela criança para o itinerário de vida que produziu a aberração humana estão ainda por avaliar. Que significado teria, na transição do Século XX para o Século XXI, ser branco ou preto? Seria que tinha mesmo e somos nós quem o não compreende?
E se esta questão cultural e civilizacional merece por si profundas reflexões e avaliações, nomeadamente acerca da presunção da consolidação derradeira das mais significativas conquistas da cultura e da civilização humanas, a formulação que queremos propor é bem mais contundente.
Como pôde, suportada em que contornos éticos e deontológicos, a medicina aderir a tais procedimentos e manipulações? Quais são, eticamente, os limites de legitimidade da aplicação do conhecimento humano?
O argumento mais recalcitrante reporta-se ao exercício da liberdade individual no ubíquo e ambíguo horizonte de uma certa representação do paradigma incontestável da democracia e da sociedade liberal. Seja, a medicina é uma mercadoria, cuja oferta é determinada pela procura. Afinal, pode produzir qualquer mercadoria que, no exercício das suas liberdades, o consumidor estiver disposto a reclamar. Passou a ser a enunciação da disposição para o consumo a propor à medicina a legitimidade do produto médico. A ética médica ruiu conclusivamente.
Com a mais soberba hipocrisia, no entanto, continua a invocar fundamentos éticos para se recusar a progredir no aprofundamento de tópicos como a eutanásia, o aborto e outros…
E o que se investiga relativamente ao episódio do óbito de Michael Jackson é a eventualidade da má aplicação de anestésicos nas horas anteriores ao desfecho. O resto, seja, cerca de um quarto de século de manipulação aberrante, nada tem que ver com o desfecho. Celebra-se, de resto, congregado com o mediático apelo do mito.
Será que a medicina ainda virá a disputar o protagonismo no êxito mediático do paciente?
No ano em que se consagra a vitória de Obama, o primeiro residente preto na Casa Branca, morre, no cúmulo da desgraça humana, velada pela ilusão do sucesso e do mito, o homem cuja vida foi marcada pela perversa manipulação do desejo de ser branco.
Ao revermos os registos dos primeiros sucessos de Michael Jackson, correm-nos pelo rosto as lágrimas, face à espontaneidade, à alegria, que a sua imagem de criança e adolescente exalava.
Os mecanismos sócio-psicológicos que impulsionaram aquela criança para o itinerário de vida que produziu a aberração humana estão ainda por avaliar. Que significado teria, na transição do Século XX para o Século XXI, ser branco ou preto? Seria que tinha mesmo e somos nós quem o não compreende?
E se esta questão cultural e civilizacional merece por si profundas reflexões e avaliações, nomeadamente acerca da presunção da consolidação derradeira das mais significativas conquistas da cultura e da civilização humanas, a formulação que queremos propor é bem mais contundente.
Como pôde, suportada em que contornos éticos e deontológicos, a medicina aderir a tais procedimentos e manipulações? Quais são, eticamente, os limites de legitimidade da aplicação do conhecimento humano?
O argumento mais recalcitrante reporta-se ao exercício da liberdade individual no ubíquo e ambíguo horizonte de uma certa representação do paradigma incontestável da democracia e da sociedade liberal. Seja, a medicina é uma mercadoria, cuja oferta é determinada pela procura. Afinal, pode produzir qualquer mercadoria que, no exercício das suas liberdades, o consumidor estiver disposto a reclamar. Passou a ser a enunciação da disposição para o consumo a propor à medicina a legitimidade do produto médico. A ética médica ruiu conclusivamente.
Com a mais soberba hipocrisia, no entanto, continua a invocar fundamentos éticos para se recusar a progredir no aprofundamento de tópicos como a eutanásia, o aborto e outros…
E o que se investiga relativamente ao episódio do óbito de Michael Jackson é a eventualidade da má aplicação de anestésicos nas horas anteriores ao desfecho. O resto, seja, cerca de um quarto de século de manipulação aberrante, nada tem que ver com o desfecho. Celebra-se, de resto, congregado com o mediático apelo do mito.
Será que a medicina ainda virá a disputar o protagonismo no êxito mediático do paciente?